terça-feira, 8 de julho de 2008

RAIN

Fernando espera por Mirna, na esquina, próximo ao trabalho dela. Como o combinado, ela caminha discretamente até o carro dele. Eles se beijam dizendo olá. Seguem para um bar nas redondezas. Lá é escuro, exatamente como eles gostam e necessitam. Mirna bebe tequila como se fosse água. Fernando engole copos de uísque, apressada e nervosamente. Sabe que o tempo está passando e não é ali que quer estar com ela. Voltam para o carro e ele começa a brincar com os dedos entre os seios dela. Começa a chover. Decidem ir para a casa dele. Fernando tem de deixar o carro num estacionamento.Os dois correm pela rua. Fogem da chuva mas, como é inevitável, se deixam molhar. Brincam. A blusa dela, que é branca, deixa os bicos dos seios à vista. Rijos, convidam a boca do homem a mordiscá-los. Fernando se contém. Prefere aguardar. Eles beberam um pouco além do normal. Mesmo assim, ele encontra sua chave. Sobem rindo os dois andares do pequeno prédio. Só não caem porque esqueceram a pressa por alguns instantes. Ele abre a porta. Ela tira os sapatos. Ele coloca a música. Ela o leva para a cama. Os dedos dele, enfim, encontram os botões da blusa. Poderia ter pressa mas não tem. Joga a tal blusa, molhada, longe. E longe também se vão sua calça e camisa. Observa o corpo da mulher. Desce até os pés e os toca lentamente com a ponta dos dedos. Começa a beijá-la pelas pernas. Vai subindo, subindo e encontra o que sua língua queria: lábios escondidos pelos pêlos dourados. Ela está sem calcinha, o que o deixa mais enlouquecido ainda. Rasga a saia que, voando, se junta às outras peças.
A língua brinca. Ela geme e deixa a marca das unhas em suas costas. Ela grita que quer mais. E ele ouve. Ela ri. Ele entra. Ele sai. Ele entra. Ele sai. Ela pede calma. Ele tem pressa. Ela pede calma. Ele consente. Ela se mexe como louca. Ele a observa. Num piscar, ela está sobre ele. Quer comandar. Ela sobe. Ela desce. Ele puxa seus cabelos. Ela sobe. Ela desce. Ele diz que vai gozar. Ela pede para ele esperar. Ela brinca. Ele geme. Ela ri, dizendo que está próxima... Ele não agüenta. Ela treme. Pernas misturadas, eles descansam. Ela olha pela janela e começa a contar estrelas. Ele olha para o corpo dela e começa a contar suas pintas. Minutos depois, ele a agarra pela cintura. Ela o prende entre as pernas. Ele a carrega para o banheiro. Chuva de chuveiro. Ela o enche de espuma. Ela esfrega seu peito com os dedos. A água os deixa acordados. Ela ri com malícia. Ele entende o recado. Ela o faz beijá-la. Ele a vira com vontade. Se agacha e encaixa seu corpo no dela. Ela perde a respiração. Ele segura seus seios como se fossem feitos de nuvem. Não se contendo, os dois se enrolam na toalha e se jogam na cama. Ela molha sua orelha com a língua de liqüidificador. Ele morde seus seios com dentes leves. Ela pede para que ele fique de costas. Ele obedece com um sorriso nos lábios. Ela se esfrega nos pêlos dele. Ele se vira, apoderando-se dela em seus braços. Ele brinca com os dedos entre suas pernas. Ela pede mais. Ele atende. Ela ri. Ele entra. Ele sai. Ele entra. Ele sai...

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu já li esse conto noutro lugar!!!
Parabéns, garota!
Um forte abraço,
Carlos Higgie