terça-feira, 8 de julho de 2008

A CALCINHA BRANCA DE SOFIA

Gostava de observar meus vizinhos da janela. Era bom ver dois corpos tão jovens fazendo a dança do amor. Quando não havia o que fazer à noite, ia para a janela porque tinha certeza que os encontraria ali, no quarto. Ele tentando tirar a roupa dela e ela fingindo que não iria deixar. Finalmente, ele vence a briga novamente e tira o vestido azul dela. Como num passe de mágica, vejo que ela usa uma daquelas calcinhas grandes que parecem um shorts, algo que me disseram chamar caleçon. Isso me fez lembrar de Sofia. A menina que eu amei, mas que não chegou a ser minha mulher. Aquela a quem dediquei pensamentos silenciosos e proibidos.
Era uma noite de verão como essa. Ela veio nos visitar. Mamãe não estava e eu abri a porta. Sofia era alta, tinha uma pele de pêssego e olhos que um dia acordavam azuis e em outros verdes. Eu sentia borboletas voando em minha barriga quando a via. Era pouco mais velho que ela, namorada de meu irmão há meses. Ele era o filho preferido e o namorado ideal. Um ano mais velho que eu, alto, moreno com grandes olhos castanhos tristes que seduziam qualquer uma. Pedi que entrasse. Minha mãe não demoraria.
Costumava vê-los namorando no jardim. Manoel sempre olhava ao redor e, ao ver que ninguém os observava, ao menos ele achava, abria seu vestido. Não tinha muita experiência meu irmão. Eu faria melhor. Um dia, nunca esquecerei, ele estava passeando seus dedos entre as pernas dela, quando ela se ajoelhou, abriu sua calça e pediu para que ele a penetrasse. Ele adorou a idéia mas, depois de alguns minutos, fechou a cara e disse a Sofia para ir embora. Nunca mais foi o mesmo com ela. Até arranjou este emprego em outra cidade para se afastar dela.
Agora ela estava ali, sentada próxima a mim, usando uma saia, uma camisa branca de rendas e um casaquinho. Ela me olhou e perguntou:
- Paulo, está calor aqui dentro, posso tirar meu casaco?
- Claro, Sofia, fique à vontade. Vou buscar um copo de água pra você.
Quando voltei, ela estava sem a camisa, usava um sutiã branco de renda transparente e eu
quase deixei o copo cair. Ela olhou pra mim e fez um sinal para que eu me sentasse ao seu lado. Obedeci.
- Você ainda é virgem, não?
- Como você sabe? Meu irmão...
- Não importa. Eu também sou. Isso não o deixa triste? Não gostaria de sentir os prazeres da carne como dizem?
- Você está estranha!
- Vem cá! – ela me puxou e me deu um beijo que tirou minha respiração.
Percebi que algo estava por acontecer. Ela me ordenou que tirasse seu sutiã. Mesmo virgem, isso eu sabia fazer. Eu o tirei, ela me olhou e disse: Será que tenho que explicar tudo ou pedir para você fazer as coisas?
Não, ela não precisava. Me ajoelhei entre suas pernas e comecei a sugar seus seios. Sugava como um bebê mas eu não era um. Delicadamente, lentamente... Minhas mãos seguiram até sua saia e eu a tirei tão rápido que nem acreditei. Ela usava uma calcinha branca de algodão meio grande, como elas costumavam ser naquele tempo. Mesmo assim achei-a sensual e pura. Ela se ergueu e ficou em pé no sofá. Comecei a tirar a calcinha e vi sua penugem loira. Não acreditei, não sabia que era assim. Havia visto fotos mas sempre eram pêlos escuros. Ela era loira, incrivelmente clara. Encostei meu nariz em seu sexo, ele tinha um cheiro forte. De repente, eu o beijei. Ela tremeu e disse: de novo! Eu a obedeci novamente. Era seu escravo.
Beijei uma, duas, vinte vezes. Ai comecei a lambê-la e a lambê-la e a lambê-la sem parar. Quando percebi, minha língua estava voando entre seus pequenos lábios como uma borboleta descoordenada. Ela gemia e falava coisas como: de novo, mais fundo, devagar, agora depressa. Eu seguia suas ordens. Percebi que estava tão excitado que sentia dores. Ela então se agachou e abriu minha calça. – Vamos ver o que temos aqui... É grande, grosso e quente. Bem o que preciso.
Sinceramente, eu estava extasiado, mas chocado. Quem era essa mocinha? Não era a minha Sofia. Ela começou a beijar meu pau. Intercalava os beijos com lambidas. Nunca havia sentido isso antes. Era tudo novo. Começou a fazer aquele movimento que eu costumava fazer no banho ou nas noites em que dormia sozinho. Ela sabia o que fazia. Porém, quando percebeu que eu poderia gozar, parou. Sentou-se no sofá novamente e me abriu as pernas como quem abria o mundo, um novo mundo para mim.
Aquela era a visão do paraíso. Sem falarmos nada, me encaixei em seus quadris, era uma postura estranha, coloquei minhas pernas em suas costas e fui entrando lentamente, ela sentiu dor, sei que sentiu, mas não sangrou. Eu era bem mais forte que ela. Minha delicada Sofia. Comecei a entrar e fui fundo. Não agüentei a posição, então a ergui e a coloquei contra a parede. Erguia uma de suas pernas e a estocava com vontade.
Ela gemia baixinho: que delícia, Paulo... que delícia...
Ficamos assim por alguns minutos. Joguei-a no chão e fiquei sobre ela. Não sabia se tudo estava rápido ou demorado. Ela nada dizia. Ela começou a me encher de beijos e eu retribuía. Comecei o meu balé desajeitado novamente. Entrava e saia. Ela começou a apertar suas pernas, quase que instintivamente. Foi então que ela começou a gemer como se estivesse tendo um ataque. Gritou, puxou meu cabelo e me disse: Paulo, que delícia! Fiquei tão louco que gozei em seguida. Ficamos abraçados por alguns segundos.
Foi então que a porta se abriu e minha mãe nos encontrou ali, nus, com as pernas confundidas sobre o tapete vermelho. Olhou para mim e disse com a voz mais triste do mundo:
- Com a namorada de seu irmão?!?!
Sofia se levantou, começou a colocar a roupa, olhou para mim e disse obrigada. Depois de se trocar, olhou para minha mãe, ainda em choque e confessou: Quero que conte ao Manoel que o irmão dele é mais homem que ele e que eu nunca mais quero vê-lo.
Percebi que havia sido usado numa vingança. Mas quem iria ligar? Havia perdido a minha virgindade com a mulher dos meus sonhos. Nós não contamos a ele, mas Sofia sabia que isso aconteceria. Ela mesma escreveu dando os detalhes. Manoel nunca nos perdoou. Minha mãe me mandou para a casa de uma tia. Nunca mais vi Sofia, mas aquele cheiro que senti entre suas pernas ainda está nas minhas lembranças e me visita em meus sonhos ainda hoje no dia em que completo 68 anos.

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